Moradores de rua conversam na área externa do Museu do Folclore |
Um grupo de 18 pessoas que fazem parte da Associação Minha Rua Minha Casa – Centro de Referência, existente há 16 anos em São Paulo, visitou nesta quarta-feira (31) o Museu do Folclore da Fundação Cultural Cassiano Ricardo (FCCR). A associação é uma das vertentes de atuação da Organização de Auxílio Fraterno (OAF), criada há 56 anos na capital para atender o morador de rua.
“Como estamos trabalhando o tema folclore neste mês, resolvemos visitar um local que pudesse nos mostrar mais informações a respeito. Conhecemos o Museu do Folclore pelo site da Fundação Cultural Cassiano Ricardo e agendamos a visita”, explicou a educadora cultural Janaína Brizola, que acompanhou o grupo.
O grupo conheceu as dependências do Museu do Folclore, os projetos desenvolvidos e ainda fez contato com alguns ‘fazedores’ que participam da programação especial do Mês do Folclore. Os integrantes também conheceram um pouco do trabalho realizado pelo Programa de Educação Patrimonial (PEP) da FCCR.
Segundo explicou Janaína Brizola, “este grupo é formado por 14 homens e quatro mulheres com idade entre 20 e 70 anos, alguns moradores de rua e outros de albergue (mas considerados em situação de moradores de rua), atendidos pela associação”.
Eles serão recebidos no Museu do Folclore pela cientista social e diretora de Conteúdo do Centro de Estudos da Cultura Popular (CECP), Angela Savastano. O CECP é responsável pela administração, projetos e programação do Museu do Folclore.
Angela Savastano conversa com moradores de rua e 'fazedores' |
Asscociação atende 200 pessoas por dia
A Associação Minha Rua Minha Casa acolhe e trabalha com moradores de rua adultos da região central de São Paulo, sob o viaduto do Glicério. Diariamente, 200 pessoas são atendidas. A partir da convivência, socialização e organização pessoal, a entidade busca formas de autonomia que possibilitem o rompimento das relações de dependência.
A participação social acontece através de programas sócio-educativos, de lazer e cultura, serviços de higiene pessoal, alimentação, programas de inclusão em moradias e de geração de renda.
A OAF foi criada em 1955 com vocação de trabalhar com os mais pobres. Cresceu, mudou e continua sendo referência na sua área de atuação. Em 1978 a organização passou a atuar com a população adulta de rua. São pessoas que, no anonimato da grande cidade, perdem o trabalho, a moradia, os pertences, os documentos, a família, e por fim até mesmo a própria identidade.
Mais informações: 3924-7318 ou www.oafsp.org.br