terça-feira, 3 de dezembro de 2024

Museu do Folclore e MAS fazem parceria para montar exposição temporária de presépios

Presépio feito pelo figureiro Luiz Paulo 
Ragazine que fará parte da exposição no MAS

Numa parceria inédita, o MAS (Museu de Arte Sacra de São Paulo) e o Museu do Folclore de São José dos Campos promoverão a exposição temporária “Bandeiras, violas e figureiras: a natividade no Vale do Paraíba”. A mostra será aberta no sábado (7) na Capital e poderá ser visitada até o dia 12 de janeiro de 2025, de terça a domingo, das 9h às 17h.

Integrarão a exposição um total de 12 presépios (de diferentes tipos e autorias), 1 máscara e 1 traje de um Marungo (palhaço), que fazem parte do acervo do Museu do Folclore; além de 12 fotos de diferentes Folias de Reis da região do Vale do Paraíba, do fotógrafo Paulo Amaral, de São José dos Campos.


Os presépios foram produzidos em diferentes épocas (1980, 1998, 2004, 2006, 2009, 2010) pelas figureiras Maria Cândida Santos, Eugênia da Silva, Maria Benedita Vieira (Mudinha), Ismênia Aparecida dos Santos, Edith Alves dos Santos, Maria Luiza Santos Vieira, Maria Benedita Santos (Dona Lili); e os figureiros Vagner da Silva, Luiz Paulo Ragazini e Reinaldo da Silva.  

A exposição é resultado de uma ação proposta pelo Sisem (Sistema Estadual de Museus) e aborda a ressonância ainda viva nas tradições das festividades natalinas no interior paulista, apresentando um pouco desse universo presente em nossa cultura.

Grande oportunidade


“É uma grande oportunidade poder conectar aspectos importantes da cultura do Vale do Paraíba com acervos tradicionais de arte sacra de uma grande instituição. Ao expor os presépios das figureiras e outras tradições da região, estamos criando uma ponte entre o popular e o religioso, mostrando como estas expressões se cruzam e se complementam”, enfatiza a museóloga do Museu do Folclore, Mariana Boujadi. 


Para Mariana, “mais do que uma exposição, esta iniciativa é um encontro entre pessoas, culturas e histórias que nos ajudam a entender e celebrar a diversidade do nosso patrimônio cultural, rompendo barreiras entre o popular e o erudito”. “É uma chance de mostrar que ambas as expressões fortalecem a nossa construção identitária”, destaca.

 

Outras exposições

 

Além da exposição em parceria com o Museu do Folclore, o MAS também vai inaugurar outras duas exposições temporárias no dia 7 de dezembro: “Presépios barristas lusitanos” e “Presépios Brasileiros”, que proporcionam ao público conhecer um pouco mais sobre a nossa herança cultural portuguesa e ibérica, relativa ao presépio.

 

MAS é fruto de um convênio celebrado entre o Governo do Estado e a Mitra Arquidiocesana de São Paulo, em 28 de outubro de 1969, e sua instalação data de 29 de junho de 1970. O acervo do museu começou a ser formado por Dom Duarte Leopoldo e Silva, primeiro arcebispo de São Paulo. A Associação Museu de Arte Sacra de São Paulo é responsável pela gestão do museu.

 

Gestão

 

O Museu do Folclore é um espaço da Fundação Cultural Cassiano Ricardo e está instalado no Parque da Cidade desde 1997. Sua gestão é feita pelo CECP (Centro de Estudos da Cultura Popular), organização da sociedade civil sem fins lucrativos.

 

  • MAS (Museu de Arte Sacra de São Paulo)
  • Av. Tiradentes, 676 – Luz
  • (Entrada pelo estacionamento na Rua Jorge Miranda, 43)

  • Museu do Folclore de SJC
  • Av. Olivo Gomes, 100 – Santana (Parque da Cidade)
  • (12) 3924-7318 ou (12) 3924-7354
  • www.museudofolclore.org

segunda-feira, 2 de dezembro de 2024

Museu do Folclore inicia Ciclo de Natal com abertura do presépio que ocorre neste domingo

Integrantes de folia de reis representam os três Reis Magos

O Museu do Folclore de São José dos Campos realizará, no próximo domingo (8), a partir das 14h, a abertura do seu presépio, marcando o início do Ciclo de Natal. A manifestação terá a participação de 5 Folias de Reis da região. No mesmo dia, o público poderá comemorar com o museu seus 27 de anos de existência (na foto abaixo, a folclorista Angela Savastano).

Os preparativos para este período começaram ainda em setembro, com um encontro entre mestres de várias Folias de Reis, para definições de datas, horários e outros detalhes. O encerramento do ciclo e o fechamento do presépio estão previstos para o dia 26 de janeiro de 2025, com a 27ª Chegada das Bandeiras.

Na reunião de setembro ficou definido que a abertura do presépio terá a presença das seguintes folias: Cia de Reis Esplendor do Oriente, Cia Irmandade Santos Reis, Folia de Reis Bom Jesus do Buquirinha, Folia de Reis de Santana (todas de São José) e Folia de Reis Filhos do Oriente (Jacareí).

Sobre o aniversário do museu, a comemoração ocorrerá ao final da abertura do presépio. A folclorista Angela Savastano, uma das suas idealizadoras, enfatiza a importância do Museu do Folclore para a preservação e disseminação da cultura popular da região do Vale do Paraíba.

Presépio

O presépio, este ano, foi criado e montado pela artista popular Eunice Coppi (foto ao lado). Todas as figuras foram produzidas por ela, com a técnica de empapelamento, onde são utilizados papel e goma. “É um prazer imenso poder montar o presépio do museu este ano, me sinto realizada”, afirma a artesã.

Eunice Coppi, 65 anos, é mineira de Sabará, onde descobriu sua paixão pela arte. Ainda pequena, ela aprendeu a criar brinquedos, usando barro e palha de milho. Já adulta e morando em São José dos Campos, ela aprendeu a técnica do empapelamento, que hoje domina tão bem.

Gestão

O Museu do Folclore é ligado à Fundação Cultural Cassiano Ricardo e está instalado no Parque da Cidade desde 1997. Sua gestão é feita pelo CECP (Centro de Estudos da Cultura Popular), organização da sociedade civil sem fins lucrativos.

 

  • Museu do Folclore de SJC
  • Av. Olivo Gomes, 100 – Santana (Parque da Cidade)
  • (12) 3924-7318 ou (12) 3924-7354
  • www.museudofolclore.org 

sexta-feira, 22 de novembro de 2024

Museu do Folclore realiza dia 26 última edição do ano do programa Terças com Museologia

Figuras feitas em argila representam procissão na Sala Festas

No último encontro do ano do Terças com Museologia, no próximo dia 26 de novembro, o assunto em pauta será Dispersão e Dissociação de Acervos e Informações. O encontro será virtual, com transmissão pelo Google Meet, entre 9h30 e 11h30. As inscrições devem ser feitas pela plataforma Sympla, no link: bit.ly/TerçascomMuseologia2024.

Para a museóloga Mariana Boujadi, que media os encontros, este tema é crucial para a gestão, preservação e comunicação do patrimônio cultural de um museu. “Esta questão toca o cerne das práticas museológicas e patrimoniais, afetando diretamente o valor, o significado e a acessibilidade de bens culturais e históricos”, enfatiza Mariana. 

Os encontros são dirigidos a pesquisadores, professores, educadores e pessoas interessadas nos assuntos abordados. Realizado de forma 100% virtual, o programa do Museu do Folclore de São José dos Campos chega ao seu 17º encontro. De janeiro de 2023 a outubro deste ano, 12 diferentes temas já foram abordados.

Detalhes

A dispersão de acervos ocorre quando coleções originalmente integradas são fragmentadas, seja por alienação, troca, perda ou até roubo de peças. Esses fenômenos são frequentemente consequência de fatores históricos, decisões institucionais ou mercadológicas.

Por outro lado, a dissociação de informações se refere à perda ou desvinculação de registros, contextos e metadados que dão sentido aos objetos. Quando informações sobre a origem, função ou simbolismo de um item se perdem, sua compreensão enquanto documento histórico é comprometida. 

Abordagem

“Queremos abordar estas questões sob diversas perspectivas, discutindo não apenas os impactos da dispersão e dissociação, mas também as possibilidades de ressignificação e práticas colaborativas, como o uso de tecnologias digitais para criar repositórios compartilhados ou iniciativas de repatriação e reintegração de acervos”, explica Mariana.

A museóloga completa que, “ao problematizar esses temas, o evento convida a uma análise mais ampla sobre a responsabilidade ética e social das instituições na preservação da memória”.

Gestão

O Museu do Folclore é um espaço da Fundação Cultural Cassiano Ricardo e está instalado no Parque da Cidade desde 1997. Sua gestão é feita pelo CECP (Centro de Estudos da Cultura Popular), organização da sociedade civil sem fins lucrativos.