As rendeiras Nadir Gonçalves (Didi) e Maria da Glória, com a presidente do CECP, Angela Savastano |
Foi aberta na tarde deste sábado (15), na Sala das Panelas do Museu do Folclore, da Fundação Cultural Cassiano Ricardo (FCCR), a exposição temporária Rendas de Bilro de Florianópolis, promovida em parceria com o Centro de Estudos da Cultura Popular (CECP) e o Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular (CNFCP). A mostra conta com participação especial de duas rendeiras da capital catarinense, Maria da Glória Viana Soares (63 anos) e Nadir
Amândio Gonçalves (69).
A exposição conta com vinte peças de renda de diferentes pontos, além de painéis que contam um pouco da história desta cultura popular do estado de Santa Catarina, além de informações do Programa Sala do Artista Popular do CNFCP, que desenvolve a valorização e divulgação do trabalho realizado pela rendeiras. A mostra segue até o dia 14 de outubro, nos mesmos horários de funcionamento do Museu do Folclore - de terça a sexta, das 9h às 17h, e nos finais de semana, das 14h às 17h.
Confira aqui mais fotos da exposição
Confira aqui um vídeo com as rendeiras
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Além das peças em exposição, outras também estão à venda na Vendinha do Museu do Folclore, com preços variados. São mais de cem peças à disposição dos interessados, entre rendeiras, entre trilhas, centros, toalhas de mesa, coletes e acessórios. "É uma excelente oportunidade para que a comunidade possa conhecer o trabalho dessas rendeiras e ouvir um pouco dos seus saberes", enfatizou a presidente do CECP, Angela Savastano.
No domingo (16) o Programa Museu Vivo do Museu do Folclore também contará com a participação das duas rendeiras que, ao lado de outros fazedores locais, mostrarão à população que for ao Parque da Cidade do seu saber. A exposição de longa duração do Museu do Folclore também estará aberta durante todo o final de semana, entre 14h e 17h. Todas as atividades são gratuitas.
Vista parcial da exposição |
Florianópolis reúne o maior número de rendeiras do sul do
Brasil, descendentes das famílias açorianas que ocuparam a antiga Vila do Desterro,
na Ilha de Santa Catarina. A renda de bilros é uma atividade exercida em
Florianópolis desde o século 17 e é inegável sua importância no contexto
cultural da cidade.
Os bilros são pequenas bobinas de madeira, geralmente
preparadas e torneadas pelos maridos ou parentes das rendeiras. Para armar a
renda são utilizadas almofadas em formato de cilindro, feitas de tecido de
algodão e recheadas com capim de colchão (‘barba de velho’), palha de
bananeira, serragem ou, ainda, esponja sintética. E estas almofadas, por sua
vez, são apoiadas em caixas de madeira ou cavaletes, também chamados de
cangalha.
Fotos: Avelino Israel
Fotos: Avelino Israel
Serviço: Museu do Folclore / Sala das
Panelas – Avenida Olivo Gomes, 100, Parque da Cidade, Santana. Informações:
3924-7318 ou Centro
Nacional de Folclore e Cultura Popular (CNFCP).