Sérgio Sena toca uma flauta que ele mesmo fez |
“Percussionistas populares, assim como
eu, têm como costume fabricar parte dos instrumentos que usa e foi daí que
comecei a pesquisar e desenvolver métodos construtivos”, afirma o paulista de
Santo André, Sérgio Ricardo Sena da Silva, um dos participantes do ‘Museu Vivo’
deste domingo (6), no Museu do Folclore de São José dos Campos. A atividade é
aberta ao público e acontece das 14h às 17h.
Sena, como é mais conhecido no Campos de
São José, bairro onde mora, conta que sua veia musical se formou a partir dos
12 anos de idade, quando mudou com a família de Santo André para Sergipe, onde
por seis meses vivenciou intensamente a cultura local, que tem festas
tradicionais, banda de pífano e festa junina nordestina.
De volta a São Paulo, dividiu sua vida
profissional com a paixão por feira hippie, música boliviana e gospel,
despertando atenção pelas flautas e tambores utilizados à época. É
percussionista autodidata e músico na Igreja Batista do Jardim das Indústrias.
Fabrica flautas e tambores utilizando materiais reciclados, como tubos de PVC,
ferro de construção, madeira, chaves e outros.
Artesanato
Gaudino na oficina que tem em casa Foto: Fábio Bueno |
Sua
história com a música e com a produção de instrumentos começou quando era
criança e morava com os pais e oito irmãos no bairro de Piedade, em Caçapava.
Sua mãe chegou a cantar na Rádio Cacique e seu tio produzia violinos. E foi com
ele que João aprendeu a arte de fazer instrumentos musicais e a tocar chorinho.
Ainda em Piedade, João participou de grupos que animavam os bailes que ocorriam
nas fazendas locais.
Já
adulto, João foi trabalhar na indústria automobilística e nesse período fazia
instrumentos e tocava somente nos fins de semana. Agora, aposentado, se dedica totalmente
à música e à produção de instrumentos musicais. Com seus irmãos e amigos, que
também tocam, formou um grupo de choro e de música caipira. No ‘Museu Vivo’ vai
fazer uma roda de viola.
Culinária
Cida faz um sequilho muito apreciado Foto: Janice Aboim |
A
paraibunense Maria Aparecida Fonseca Ribeiro, conhecida por Cida, gosta de
cozinhar o trivial e diz que suas receitas não são complicadas. Mas o sequilho
que faz é especial e muito apreciado em Paraibuna, onde mora. A culinária
passou a ser mais frequente na sua vida a partir de 2010, quando se aposentou,
e além do sequilho ela também faz doces, geleias, conservas e tomate seco.
Cida
sempre trabalhou na iniciativa privada e também no serviço público, tendo sido
secretária do prefeito de Paraibuna de 2005 a 2008, mas sempre esteve envolvida
com a área rural. Em 1998 atuou na Feira do Produtor Rural da cidade e também
chegou a participar do Conselho de Desenvolvimento Rural na Casa de Agricultura
de Paraibuna.
O
Projeto Museu Vivo é desenvolvido pela Fundação Cultural Cassiano Ricardo por
meio do Museu do Folclore, com realização da Prefeitura de São José dos Campos.
A gestão do meu é feita pelo Centro de Estudos da Cultura Popular (CECP).
Museu do Folclore de SJC
Avenida Olivo
Gomes, 100, Parque da Cidade – Santana
(12) 3924-7318.