sexta-feira, 4 de agosto de 2017

Projeto Museu Vivo reúne neste domingo à tarde percussionista, luthier e culinarista

Sérgio Sena toca uma flauta que ele mesmo fez
“Percussionistas populares, assim como eu, têm como costume fabricar parte dos instrumentos que usa e foi daí que comecei a pesquisar e desenvolver métodos construtivos”, afirma o paulista de Santo André, Sérgio Ricardo Sena da Silva, um dos participantes do ‘Museu Vivo’ deste domingo (6), no Museu do Folclore de São José dos Campos. A atividade é aberta ao público e acontece das 14h às 17h.

Sena, como é mais conhecido no Campos de São José, bairro onde mora, conta que sua veia musical se formou a partir dos 12 anos de idade, quando mudou com a família de Santo André para Sergipe, onde por seis meses vivenciou intensamente a cultura local, que tem festas tradicionais, banda de pífano e festa junina nordestina.

De volta a São Paulo, dividiu sua vida profissional com a paixão por feira hippie, música boliviana e gospel, despertando atenção pelas flautas e tambores utilizados à época. É percussionista autodidata e músico na Igreja Batista do Jardim das Indústrias. Fabrica flautas e tambores utilizando materiais reciclados, como tubos de PVC, ferro de construção, madeira, chaves e outros.

Artesanato

Gaudino na oficina que tem em casa
Foto: Fábio Bueno
João Gaudino (ou João Piedade), natural de Caçapava, é um luthier (profissional que trabalha com a construção e manutenção de instrumentos musicais) reconhecido no meio dos violeiros da região. Por vários anos ministrou oficinas na Fundação Cultural Cassiano Ricardo e hoje trabalha numa oficina no quintal da sua casa. Ele fabrica bandolim, viola, violão de 6 e 7 cordas e violino; e também toca viola e bandolim.

Sua história com a música e com a produção de instrumentos começou quando era criança e morava com os pais e oito irmãos no bairro de Piedade, em Caçapava. Sua mãe chegou a cantar na Rádio Cacique e seu tio produzia violinos. E foi com ele que João aprendeu a arte de fazer instrumentos musicais e a tocar chorinho. Ainda em Piedade, João participou de grupos que animavam os bailes que ocorriam nas fazendas locais.

Já adulto, João foi trabalhar na indústria automobilística e nesse período fazia instrumentos e tocava somente nos fins de semana. Agora, aposentado, se dedica totalmente à música e à produção de instrumentos musicais. Com seus irmãos e amigos, que também tocam, formou um grupo de choro e de música caipira. No ‘Museu Vivo’ vai fazer uma roda de viola.

Culinária

Cida faz um sequilho muito apreciado
Foto: Janice Aboim
A paraibunense Maria Aparecida Fonseca Ribeiro, conhecida por Cida, gosta de cozinhar o trivial e diz que suas receitas não são complicadas. Mas o sequilho que faz é especial e muito apreciado em Paraibuna, onde mora. A culinária passou a ser mais frequente na sua vida a partir de 2010, quando se aposentou, e além do sequilho ela também faz doces, geleias, conservas e tomate seco.

Cida sempre trabalhou na iniciativa privada e também no serviço público, tendo sido secretária do prefeito de Paraibuna de 2005 a 2008, mas sempre esteve envolvida com a área rural. Em 1998 atuou na Feira do Produtor Rural da cidade e também chegou a participar do Conselho de Desenvolvimento Rural na Casa de Agricultura de Paraibuna.

O Projeto Museu Vivo é desenvolvido pela Fundação Cultural Cassiano Ricardo por meio do Museu do Folclore, com realização da Prefeitura de São José dos Campos. A gestão do meu é feita pelo Centro de Estudos da Cultura Popular (CECP).

Museu do Folclore de SJC
Avenida Olivo Gomes, 100, Parque da Cidade – Santana
(12) 3924-7318.