A
paixão pelos cavalos levou pai e filho a terem que aprender a fazer acessórios
em couro para os animais, uma vez que em São José dos Campos não existe alguém
que produza tudo o que eles necessitam. O primeiro a conhecer as técnicas
artesanais, para produzir este tipo de material, foi Pedro Froes, 60 anos, pai
de Rômulo Lucas de Faria Froes, 31 anos. Há dez anos ele produz diferentes
acessórios.
Pedro
é de Caçapava, mas mora em São José dos Campos desde os sete anos de idade. Foi
com ele que Rômulo, que é joseense, aprendeu as mesmas técnicas. Hoje, os dois
trabalham juntos. E para aprimorar o conhecimento, também participaram de
cursos em algumas selarias de Presidente Prudente (SP) e outros oferecidos pelo
Serviço de Aprendizagem Rural (Senar).
A história dessas duas pessoas está ligada à cultura
popular do Vale do Paraíba e poderá ser conferida durante o ‘Museu Vivo’ deste
domingo (25), programa realizado aos domingos à tarde, das 14h às 17h, pelo
Museu do Folclore de São José dos Campos. Durante a atividade, Pedro e Rômulo
vão mostrar a sabedoria que detêm e conversar sobre ela com o público.
Márcio Almeida, o 'Feijão' |
Outro
representante da cultura popular da região, que participará do ‘Museu Vivo’, é
o carioca Márcio Almeida da Costa, mais conhecido como ‘Feijão’. Professor
formado há mais de 10 anos, Márcio mora em São José desde a década de 70 e
conta que aprendeu a amar a cidade e sua cultura. Além de trabalhar numa grande
empresa da região, ele também rege um coral de crianças.
“Morei
em muitas regiões do Brasil, do Paraná a Pernambuco, e recebi a influência
cultural e religiosa desses locais, mas nenhuma foi maior que a do samba e do
Rio de Janeiro, cidade onde nasci e onde morava a família dos meus pais”, conta
Márcio. Quando pequeno aprendeu a tocar clarinete em um conservatório, mas o
violão sempre foi sua paixão, pois seu pai e seus dois tios eram violonistas.
Josefa vai fazer tapioca |
Para
completar o grupo de convidados para este domingo, o ‘Museu Vivo’ também
contará com a participação da cearense
Josefa Vieira Gomes (Zefa, como é chamada pelos amigos), que vai mostrar, de
acordo com sua sabedoria popular, como faz tapioca. Zefa mora em São José dos
Campos há 37 anos e conta que aprendeu a fazer a iguaria ainda na roça, de onde
saiu aos 12 anos de idade, para morar na cidade. “Meu pai era agricultor e
muito do que sei fazer hoje aprendi na roça”, diz ela.
O Museu do Folclore é um espaço da Fundação
Cultural Cassiano Ricardo e sua gestão é realizada pelo Centro de Estudos da
Cultura Popular (CECP), organização da sociedade civil sem fins lucrativos.
Museu do Folclore de SJC
Av. Olivo Gomes, 100 – Parque da Cidade – Santana
(12) 3924-7318 – www.museudofolclore.org