sexta-feira, 26 de setembro de 2025

Museu Vivo deste domingo (28) reúne diferentes expressões da cultura popular

Grupo foi criado em 2012 e hoje já tem quase 30 integrantes
Foto: Divulgação

O Museu Vivo deste domingo (28), no Museu do Folclore de São José dos Campos, será especial, com a presença de 3 representantes do município: o grupo de Congada Filhos de N’Zambi, a artesã Rosalina Cornélio da Silva e Katia Moreira. A vivência é aberta ao público e ocorrerá na área externa do museu, das 14h às 17h.

No mesmo dia, às 14h, o museu abre a exposição fotográfica temporária Negra Devoção, do fotógrafo e pesquisador carioca Marco Antonio Sá. Seus registros de diferentes Congadas do Brasil revelam a beleza da espiritualidade devocional a Nossa Senhora do Rosário e São Benedito, ampliando o olhar sobre a ancestralidade afro-brasileira.

Congada

A Congada Filhos de N’Zambi foi criada em 2012 pelo Mestre Lourenço Juventino da Silva e sua família, a partir do Jongo vivido na infância em Areias, da participação no projeto Piraquara, da experiência com a Congada Alto do Cristo, de Taubaté, e da atuação no Maracatu Baque do Vale (onde Lourenço e sua esposa desempenham papéis de Rei e Rainha).

Em família, o grupo se estrutura entre a liderança do mestre Lourenço, que também é responsável pela confecção dos tambores, a esposa Rosalina, que faz os figurinos do grupo e de sua filha Isabele (Bel), capitã e apito da Congada. Atualmente, o grupo reúne cerca de 30 integrantes, principalmente de São José dos Campos e Jacareí.

Figurinos

Natural de São José, Rosalina Cornélio da Silva, 74 anos, é esposa do Mestre Lourenço (foto do casal ao lado). Fez parte da Irmandade de São Benedito quando era criança, junto com seu pai Benedito Cornélio de França. Como costureira, fez diversos figurinos, como da corte do Maracatu Baque do Vale e o primeiro do grupo de Jongo Mistura da Raça. 

Há 13 anos Rosalina confecciona os figurinos da Congada Filhos de N'Zambi, com criações próprias, tendo como inspiração a cultura popular brasileira, abrilhantando em cada integrante alegria e leveza próprias a cada um.

Doces

Kátia Moreira, 47 anos (foto ao lado), também é natural de São José. Quando pequena, seus pais prometeram distribuir doces a São Cosme e Damião, devido a problemas respiratórios dos filhos. Hoje, ela é quem distribui doces no dia dos santos (26 de setembro), prática que repete há mais de 20 anos.

Gestão

O Museu do Folclore é um espaço da Fundação Cultural Cassiano Ricardo, que funciona desde 1997 no Parque da Cidade. Sua gestão é feita pelo CECP (Centro de Estudos da Cultura Popular), organização da sociedade civil sem fins lucrativos.

 

  • Museu do Folclore de SJC
  • Av. Olivo Gomes, 100 – Santana (Parque da Cidade)
  • (12) 3924-7318 ou (12) 3924-7354
  • www.museudofolclore.org

quinta-feira, 25 de setembro de 2025

Terças com Museologia no próximo dia 30 aborda a perspectiva literária sobre os museus

Sala das Identidades na exposição do Museu do Folclore
Foto (arquivo): Tatiana Gadelha

Romances e narrativas literárias, muitas vezes, fazem de museus pano de fundo ou cenários para mistérios, descobertas e espaços de memória. Mas que imagens estas obras constroem sobre os museus? Que papel eles assumem nas histórias: lugar de saber, de passado, de enigmas, de intriga ou de conflito?

“A proposta do Terças com Museologia do próximo dia 30 propõe um diálogo sobre estas representações, visando demonstrar aos participantes como, muitas vezes, o conceito de museu é romantizado e até diverge da realidade”, enfatiza Mariana Boujadi, museóloga do Museu do Folclore e mediadora dos encontros.

O programa é aberto a pesquisadores, professores, educadores e interessados em assuntos relacionados à museologia e ocorre de forma virtual toda última terça-feira do mês, das 9h30 às 11h, com transmissão pelo Google Meet. Para participar é preciso se inscrever gratuitamente pela plataforma Sympla.

Todas as edições são gravadas e os vídeos estão à disposição na página do YouTube do Museu do Folclore.

 

  • Museu do Folclore de SJC
  • Av. Olivo Gomes, 100 – Santana (Parque da Cidade)
  • (12) 3924-7318 ou (12) 3924-7354
  • www.museudofolclore.org

terça-feira, 23 de setembro de 2025

Congadas é foco da nova exposição temporária do Museu do Folclore, que será aberta domingo

Exposição ficará aberta até 30 de novembro para visitação
Foto: Marco Antonio Sá

Negra Devoção, é o nome da nova exposição temporária que será aberta neste domingo (28), às 14h, pelo Museu do Folclore de São José dos Campos. A mostra reúne 38 fotos do fotógrafo Marco Antonio Sá, que refletem a força e a beleza das Congadas e devoções à Nossa Senhora do Rosário e São Benedito.

Entre cores, gestos e símbolos, a exposição é resultado de uma rica pesquisa realizada por Marco Antonio Sá ao longo de 30 anos e convida o público a reconhecer a espiritualidade afro-brasileira que é raiz e floresce como patrimônio cultural.


“A exposição é um convite à contemplação e ao diálogo. Que o visitante possa sentir a vibração das ruas transformadas em templo e reconhecer na fé coletiva um ato de beleza, de resistência e de pertencimento”, enfatiza Mariana Boujadi (primeira à direita na foto), museóloga do Museu do Folclore.


A mostra ficará aberta para visitação gratuita até o dia 30 de novembro, nos mesmos dias e horários da exposição de longa duração do museu: de terça a sexta, das 9h às 17h, e aos sábados e domingos, das 14h às 17h.


Olhar atento

A exposição Negra Devoção nasce do olhar atento e da escuta sensível do carioca Marco Antônio Sá, 70 anos, fotógrafo que por mais de três décadas percorreu caminhos, festas e comunidades, encontrando expressões vivas da fé popular brasileira.

As imagens mostram devoção, resistência, memória e celebração. São registros que ultrapassam o documental e se aproximam do poético: capaz de revelar a força simbólica das Congadas e devoção à Nossa Senhora do Rosário e São Benedito. 

Cada foto testemunha uma espiritualidade que pulsa nos tambores, nas danças, nos cânticos e nos gestos cotidianos de quem celebra. São rostos, cores e movimentos que preservam uma cosmologia ancestral e reafirmam a presença africana na cultura brasileira.

Perfil

Marco Antônio Fonte de Sá, 70 anos (Foto: Mara Nunes), é fotógrafo há mais de 30 anos e sempre foi interessado na cultura e na religiosidade popular brasileiras. Boa parte desse tempo foi dedicada ao registro de festas em devoção a Nossa Senhora do Rosário e São Benedito, em vários estados brasileiros.

 

O acervo serviu de base para um projeto de mestrado, cuja dissertação foi defendida em 2017, lhe rendendo o título de Mestre em Ciência da Religião pela PUC/SP, onde também obteve, em 2021, o título de Doutor na mesma área, com pesquisa sobre artesãos de santos de madeira e barro em vários estados brasileiros. 

 

Gestão

 

O museu está localizado no Parque da Cidade, em Santana, desde 1997 e sua gestão é feita pelo CECP (Centro de Estudos da Cultura Popular), organização da sociedade civil sem fins lucrativos.

 

  • Museu do Folclore de SJC
  • Av. Olivo Gomes, 100, Santana (Parque da Cidade)
  • (12) 3924-7318 ou (12) 3924-7354
  • www.museudofolclore.org