Aberta no dia 28 de setembro, a nova exposição temporária do Museu do Folclore Angela Savastano, Negra Devoção, já foi vista por 392 pessoas até o último dia 5 de outubro. A mostra reúne 38 fotos do fotógrafo carioca Marco Antonio Sá, 70 anos, e poderá ser visitada gratuitamente até o dia 30 de novembro.
Para Marco Antonio Sá, registrar Congadas e Reinados é um ato importante na sua vida como fotógrafo e cientista da religião. “Sempre que as vejo sinto a devoção e a espiritualidade que fazem desta manifestação uma das mais significativas da nossa história”, salientou o pesquisador.
Marco Antonio ressaltou que o Vale do Paraíba tem muito significado para ele. “Foi por onde comecei meu primeiro trabalho de documentação fotográfica mais consistente sobre a cultura popular, especificamente a respeito do artesanato do estado de São Paulo”, destacou.
Doze vezes
Desde que iniciou seu mestrado em Ciência da Religião pela PUC/SP, em 2014, esta é a 12ª vez que Marco Antonio expõe suas fotos. “Eu não conhecia o Museu do Folclore e aceitar o convite para montar a exposição aqui foi uma boa oportunidade de conhecer o espaço pessoalmente”, lembrou.
Marco Antonio (foto ao lado) confirmou que continua fotografando Congadas e Reinados e outras manifestações da cultura e religiosidade popular. “Nestes últimos dois meses estou acompanhando as festas em Divinópolis e Carmo do Cajuru, ambas em Minas Gerais, mas sempre que surge oportunidade eu acompanho outros temas”, enfatizou.
Olhar
atento
A exposição Negra Devoção nasce do olhar atento e da escuta sensível do carioca Marco Antônio Sá, 70 anos, fotógrafo que por mais de três décadas percorreu caminhos, festas e comunidades, encontrando expressões vivas da fé popular brasileira.
As imagens mostram devoção, resistência, memória e celebração. São registros que ultrapassam o documental e se aproximam do poético: capaz de revelar a força simbólica das Congadas e devoção à Nossa Senhora do Rosário e São Benedito.
Cada foto testemunha uma espiritualidade que pulsa nos tambores, nas danças, nos cânticos e nos gestos cotidianos de quem celebra. São rostos, cores e movimentos que preservam uma cosmologia ancestral e reafirmam a presença africana na cultura brasileira.
Visitas
A exposição temporária pode ser visitada nos mesmos dias e horários da exposição de longa duração: de terça a sexta, das 9h às 17h, e aos sábados e domingos, das 14h às 17h. A visita é gratuita. Visitas em grupo devem ser agendadas pelo site do museu neste link.
O Museu do Folclore é um espaço da Fundação Cultural Cassiano Ricardo, que funciona no Parque da Cidade desde 1997. Sua gestão é feita pelo CECP (Centro de Estudos da Cultura Popular), organização da sociedade civil sem fins lucrativos.
- Museu do Folclore Angela Savastano
- Av. Olivo Gomes, 100 – Santana (Parque da Cidade)
- (12) 3924-7318 ou (12) 3924-7354
- www.museudofolclore.org