terça-feira, 7 de outubro de 2025

Mais de 390 pessoas já visitaram a nova exposição temporária do Museu do Folclore

Visitas podem ser feitas até o dia 30 de novembro
Fotos: Silvia Maria Souza

Aberta no dia 28 de setembro, a nova exposição temporária do Museu do Folclore Angela Savastano, Negra Devoção, já foi vista por 392 pessoas até o último dia 5 de outubro. A mostra reúne 38 fotos do fotógrafo carioca Marco Antonio Sá, 70 anos, e poderá ser visitada gratuitamente até o dia 30 de novembro.

Para Marco Antonio Sá, registrar Congadas e Reinados é um ato importante na sua vida como fotógrafo e cientista da religião. “Sempre que as vejo sinto a devoção e a espiritualidade que fazem desta manifestação uma das mais significativas da nossa história”, salientou o pesquisador.

Marco Antonio ressaltou que o Vale do Paraíba tem muito significado para ele. “Foi por onde comecei meu primeiro trabalho de documentação fotográfica mais consistente sobre a cultura popular, especificamente a respeito do artesanato do estado de São Paulo”, destacou.

Doze vezes

Desde que iniciou seu mestrado em Ciência da Religião pela PUC/SP, em 2014, esta é a 12ª vez que Marco Antonio expõe suas fotos. “Eu não conhecia o Museu do Folclore e aceitar o convite para montar a exposição aqui foi uma boa oportunidade de conhecer o espaço pessoalmente”, lembrou.

Marco Antonio (foto ao lado) confirmou que continua fotografando Congadas e Reinados e outras manifestações da cultura e religiosidade popular. “Nestes últimos dois meses estou acompanhando as festas em Divinópolis e Carmo do Cajuru, ambas em Minas Gerais, mas sempre que surge oportunidade eu acompanho outros temas”, enfatizou.

Olhar atento

A exposição Negra Devoção nasce do olhar atento e da escuta sensível do carioca Marco Antônio Sá, 70 anos, fotógrafo que por mais de três décadas percorreu caminhos, festas e comunidades, encontrando expressões vivas da fé popular brasileira.

As imagens mostram devoção, resistência, memória e celebração. São registros que ultrapassam o documental e se aproximam do poético: capaz de revelar a força simbólica das Congadas e devoção à Nossa Senhora do Rosário e São Benedito. 

Cada foto testemunha uma espiritualidade que pulsa nos tambores, nas danças, nos cânticos e nos gestos cotidianos de quem celebra. São rostos, cores e movimentos que preservam uma cosmologia ancestral e reafirmam a presença africana na cultura brasileira.

Visitas

A exposição temporária pode ser visitada nos mesmos dias e horários da exposição de longa duração: de terça a sexta, das 9h às 17h, e aos sábados e domingos, das 14h às 17h. A visita é gratuita. Visitas em grupo devem ser agendadas pelo site do museu neste link.

O Museu do Folclore é um espaço da Fundação Cultural Cassiano Ricardo, que funciona no Parque da Cidade desde 1997. Sua gestão é feita pelo CECP (Centro de Estudos da Cultura Popular), organização da sociedade civil sem fins lucrativos.

 

  • Museu do Folclore Angela Savastano
  • Av. Olivo Gomes, 100 – Santana (Parque da Cidade)
  • (12) 3924-7318 ou (12) 3924-7354
  • www.museudofolclore.org 

sexta-feira, 3 de outubro de 2025

Museu do Folclore recebe nome da folclorista Angela Savastano por um decreto municipal

A folclorista Angela Savastano foi uma 
das criadoras do Museu do Folclore

Em homenagem à folclorista Angela Savastano, falecida no dia 5 de agosto, o Museu do Folclore passa a ser denominado Museu do Folclore de São José dos Campos Maria Angela Piovesan Savastano. A decisão consta do Decreto Municipal 20.014/2025, que entrou em vigor no dia 22 de agosto.

Angela Savastano é uma das principais responsáveis pela idealização e criação do Museu do Folclore, a partir da sua participação na antiga Comissão Municipal de Folclore da Fundação Cultural Cassiano Ricardo, nos anos 80.

Posteriormente, Angela também foi responsável pela criação do CECP (Centro de Estudos da Cultura Popular), organização da sociedade civil sem fins lucrativos, que passou a fazer a gestão do Museu do Folclore.

O Museu do Folclore, que completará 28 anos no dia 7 de dezembro, é um espaço da Fundação Cultural instalado no Parque da Cidade, em Santana, desde 1997. No mesmo dia, a abertura do presépio marca o início do Ciclo de Natal.

Perfil

Angela Savastano nasceu em Campo Grande (RJ) e mudou-se com a família para São José dos Campos em 1945, quando sua mãe resolveu acompanhar o irmão tuberculoso para se tratar. Casou-se com o médico Rubens Savastano e teve 7 filhos.

Angela frequentou a Escola de Belas Artes em São José, onde também se formou em Ciências Sociais. Concluiu, posteriormente, em São Paulo, uma especialização em folclore, tornando-se bastante conhecida como folclorista. A folclorista faleceu aos 92 anos de idade.

  • Museu do Folclore de SJC
  • Av. Olivo Gomes, 100 – Santana (Parque da Cidade)
  • (12) 3924-7318 e (12) 3924-7354
  • www.museudofolclore.org

sexta-feira, 26 de setembro de 2025

Museu Vivo deste domingo (28) reúne diferentes expressões da cultura popular

Grupo foi criado em 2012 e hoje já tem quase 30 integrantes
Foto: Divulgação

O Museu Vivo deste domingo (28), no Museu do Folclore de São José dos Campos, será especial, com a presença de 3 representantes do município: o grupo de Congada Filhos de N’Zambi, a artesã Rosalina Cornélio da Silva e Katia Moreira. A vivência é aberta ao público e ocorrerá na área externa do museu, das 14h às 17h.

No mesmo dia, às 14h, o museu abre a exposição fotográfica temporária Negra Devoção, do fotógrafo e pesquisador carioca Marco Antonio Sá. Seus registros de diferentes Congadas do Brasil revelam a beleza da espiritualidade devocional a Nossa Senhora do Rosário e São Benedito, ampliando o olhar sobre a ancestralidade afro-brasileira.

Congada

A Congada Filhos de N’Zambi foi criada em 2012 pelo Mestre Lourenço Juventino da Silva e sua família, a partir do Jongo vivido na infância em Areias, da participação no projeto Piraquara, da experiência com a Congada Alto do Cristo, de Taubaté, e da atuação no Maracatu Baque do Vale (onde Lourenço e sua esposa desempenham papéis de Rei e Rainha).

Em família, o grupo se estrutura entre a liderança do mestre Lourenço, que também é responsável pela confecção dos tambores, a esposa Rosalina, que faz os figurinos do grupo e de sua filha Isabele (Bel), capitã e apito da Congada. Atualmente, o grupo reúne cerca de 30 integrantes, principalmente de São José dos Campos e Jacareí.

Figurinos

Natural de São José, Rosalina Cornélio da Silva, 74 anos, é esposa do Mestre Lourenço (foto do casal ao lado). Fez parte da Irmandade de São Benedito quando era criança, junto com seu pai Benedito Cornélio de França. Como costureira, fez diversos figurinos, como da corte do Maracatu Baque do Vale e o primeiro do grupo de Jongo Mistura da Raça. 

Há 13 anos Rosalina confecciona os figurinos da Congada Filhos de N'Zambi, com criações próprias, tendo como inspiração a cultura popular brasileira, abrilhantando em cada integrante alegria e leveza próprias a cada um.

Doces

Kátia Moreira, 47 anos (foto ao lado), também é natural de São José. Quando pequena, seus pais prometeram distribuir doces a São Cosme e Damião, devido a problemas respiratórios dos filhos. Hoje, ela é quem distribui doces no dia dos santos (26 de setembro), prática que repete há mais de 20 anos.

Gestão

O Museu do Folclore é um espaço da Fundação Cultural Cassiano Ricardo, que funciona desde 1997 no Parque da Cidade. Sua gestão é feita pelo CECP (Centro de Estudos da Cultura Popular), organização da sociedade civil sem fins lucrativos.

 

  • Museu do Folclore de SJC
  • Av. Olivo Gomes, 100 – Santana (Parque da Cidade)
  • (12) 3924-7318 ou (12) 3924-7354
  • www.museudofolclore.org