sexta-feira, 28 de junho de 2019

Violeiro, doce de abóbora e crochê são as atrações do Museu Vivo deste domingo (30)

O violeiro Luiz Costa aprendeu a afinar o violão 'de ouvido'
Ele começou a tocar viola quando tinha 13 anos de idade, nas festas da igreja, no estado do Paraná, onde nasceu. Luiz Dias de Souza, 50 anos, conhecido no meio sertanejo por Luiz Costa (por conta da simpatia que tem pelo cantor Eduardo Costa), é um dos participantes do programa Museu Vivo deste domingo (30), no Museu do Folclore de São José dos Campos. A atividade acontece no Parque da Cidade, entre 14h e 17h, e é aberto ao público.

Luiz Costa veio para São José ainda menino, junto com seu pai, que também tocava viola e com quem aprendeu a afinar o violão. “Eu afinava ‘de ouvido’, muito diferente dos meios digitais que existem hoje”, diz convicto. Apesar dessa intimidade com o instrumento, que aprendeu a tocar sozinho, se distanciou da música por uns tempos. Só voltou a tocar incentivado pelo amigo que fez aqui, o Neno Brasil.

Maria Fátima fará crochê
Maria Fátima dos Santos Souza, 53 anos, esposa de Luiz Costa, é outra participante do Museu Vivo de domingo, na área do artesanato. Nascida em Campos do Jordão, ela vai compartilhar seu saber nos pontos do crochê. Fátima conta que, ainda pequena, aprendeu a costurar e a bordar com a sua mãe. “Eu sempre observei como ela fazia as peças, o jeito que passava a linha na agulha, as voltas, os nós, tudo”, conta.

Na culinária, a participante será Esmenia Martins Bueno, 77 anos, que fará doce de abóbora com coco. Desde criança ela revelou grande talento para a culinária e outras atividades, como crochê e tricô. “Eu aprendi com a minha mãe estes saberes, mas no decorrer da vida fui conseguindo outras receitas e durante muitos anos até ganhei dinheiro fazendo bolos para casamentos e aniversários”, conta Esmenia.

Esmenia fará doce de abóbora
O doce de abóbora com coco, segundo Esmenia, é feito em sua casa durante todo o ano, principalmente para servir como sobremesa para a família ou para quando chega uma visita. “Tendo abóbora a gente faz”, diz ela, que nasceu na zona rural de Jacareí, cidade onde cresceu, formou sua família e mora até hoje.

Programa e gestão

O programa Museu Vivo é realizado pelo Museu do Folclore aos domingos à tarde e visa valorizar os detentores da sabedoria popular da região, nas áreas do artesanato, da culinária e da música. O Museu do Folclore foi criado pela Fundação Cultural Cassiano Ricardo em 1987 e, atualmente, é gerido pelo Centro de Estudos da Cultura Popular (CECP), organização da sociedade civil sem fins lucrativos, com sede em São José.

Museu do Folclore de SJC
Av. Olivo Gomes, 100 – Parque da Cidade – Santana
(12) 3924-7318 – www.museudofolclore.org