Cleusa Alfenas vai compartilhar seu saber na culinária |
Dizem que, por ser amargo, tem gente que
não gosta. Por outro lado, há quem não o deixe faltar na geladeira. Para estes,
o jiló (parente da berinjela, pimentão e tomate) é apreciado de várias
maneiras. Uma delas é como bolinho, típico da culinária caipira mineira. Igual
ao que a mineira Cleusa Alfenas, da cidade de Teixeira, fará no Museu do
Folclore de São José dos Campos, neste domingo (7), durante mais uma edição do
programa Museu Vivo.
Aos 56 anos de idade e viúva há 21,
Cleusa conta que ela aprendeu a fazer o bolinho de jiló com a sua mãe (já
falecida), ainda quando morava na zona rural. “Quando minha mãe era viva eu só
ajudava a fritar. A massa era sempre ela que fazia. Eu acho que minha mãe
aprendeu a fazer com a minha avó. Na minha família todos gostam. Minha mãe
fazia sempre na sexta-feira da Paixão, quando não se pode comer carne. Ela
fazia bacalhoada, empadão e bolinho de jiló”, diz Cleusa.
Aos 79 anos, Aurora ainda faz figuras |
O que no passado
era uma brincadeira de criança com a tia e a prima, se tornou um trabalho sério
e dedicado. Aos 79 anos de idade, a também mineira de Paraisópolis, Aurora do
Carmo e Silva, continua fazendo o que mais gosta: figuras de barro, como a de
uma casa de pau a pique, que faz parte das lembranças da sua infância. Com o
tempo, Aurora aprimorou sua técnica e passou a fazer outras figuras,
principalmente de santos. Ela será mais uma participante do Museu Vivo deste
domingo.
Os músicos Pedrinho e Narciso |
A música será
compartilhada pelo joseense Pedro Justo do Nascimento, o Pedrinho, como é
chamado pelos amigos. “Eu sempre gostei de música e aprendi a tocar violão
observando meu pai a lidar com o instrumento”, diz ele. Aos 55 anos, Pedrinho
gosta de muitos estilos, como sertanejo, sambas, MPB e músicas sacras. Ele faz
parte do grupo de samba Santo Antônio, mas no domingo vai de repertório
sertanejo, ao lado de outro integrante, o amigo Narciso.
Gestão
O Museu Vivo é um projeto realizado pelo
Museu do Folclore, que acontece aos domingos à tarde, entre 14h e 17h. A
atividade é aberta ao público, que também pode visitar a exposição de longa
duração do museu, no mesmo horário. O Museu do Folclore foi criado pela
Fundação Cultural Cassiano Ricardo e sua gestão é realizada pelo Centro de
Estudos da Cultura Popular (CECP), instituição sem fins lucrativos.
Museu
do Folclore de SJC
Av. Olivo Gomes, 100 – Parque da Cidade
– Santana
(12) 3924-7318 – www.museudofolclore.org