terça-feira, 18 de novembro de 2025

Museu do Folclore realiza a última edição do ano do programa Terças com Museologia

Detalhe da Sala Religiosidade na exposição do Museu do Folclore
Foto: Adenir Britto (arquivo)

A última edição do ano do programa Terças com Museologia, agendada para o dia 25 de novembro, das 9h30 às 11h, abordará o tema Pequenas memórias: o cotidiano como patrimônio. O encontro será virtual com transmissão pelo Google Meet. As inscrições já podem ser feitas pela plataforma Sympla, neste link.

O programa é uma realização do Museu do Folclore Angela Savastano e ocorre toda última terça-feira do mês, sob coordenação da museóloga Mariana Boujadi. A participação é gratuita e aberta a pesquisadores, professores, educadores e interessados em assuntos relacionados à museologia.

“A intenção é encerrar o ciclo refletindo sobre o valor dos objetos simples que fazem parte da nossa vida diária, aquelas coisas que habitam nossas casas e que, de alguma forma, guardam pedaços da nossa história”, explica Mariana.

Memórias cheias de significado

Segundo ela, mais do que bens materiais, estes objetos carregam lembranças, afetos e tradições individuais que ajudam a formar quem somos. “São memórias pequenas, mas cheias de significado, que revelam modos de viver, de sentir e de lembrar”, ressalta a museóloga.

A proposta do tema desta edição é olhar para o cotidiano como um espaço de construção de patrimônio, entendendo que cada pessoa é, de algum modo, guardiã de um acervo próprio.

“Ao valorizar estas pequenas memórias, quero aproximar a museologia da vida comum e mostrar que o patrimônio também está nas coisas simples que nos acompanham, nas lembranças que escolhemos guardar e nas histórias que compartilhamos”, finaliza Mariana.

Gravações

A edição deste mês será a 8º do ano e a 25º em três anos de programação. Devido a outras atividades, em alguns meses do ano o encontro não pôde ser realizado, mas todas as transmissões foram gravadas e estão à disposição no canal do Museu do Folclore no YouTube.

O Museu do Folclore Angela Savastano é um espaço da Fundação Cultural Cassiano Ricardo e está instalado no Parque da Cidade desde 1997. Sua gestão é feita pelo CECP (Centro de Estudos da Cultura Popular), organização da sociedade civil sem fins lucrativos.

 

  • Museu do Folclore Angela Savastano
  • Av. Olivo Gomes, 100 – Santana (Parque da Cidade)
  • (12) 3924-7318 ou (12) 3924-7354
  • www.museudofolclore.org

segunda-feira, 17 de novembro de 2025

Presépio do Museu do Folclore Angela Savastano começa a ser montado nesta terça-feira, dia 18

Soynaara (à direita na foto) vai montar o presépio este ano
Foto: Tatiana Gadelha

O presépio do Museu do Folclore Angela Savastano começará a ser montado nesta terça-feira (18), desta vez pela Contramestre da Folia de Reis do Mestre Zé Mira, Soynaara Maria Faria Araújo Pires de Morais, 58 anos, nascida em Arapeí, no Vale do Paraíba.

Esta é a primeira vez que Soynaara vai viver a experiência de montar o presépio do museu, mas todo ano está presente das manifestações do Ciclo de Natal. “O sentimento é de gratidão e, com certeza, nossa participação este ano será muito especial”, destaca a contramestre.

Artesã e instrumentista, Soynaara é filha do também artesão José Luiz Faria Araújo, que fazia mastros e bandeiras dos santos de devoção e bonecões para o Carnaval. Ela conta que a prática de montar presépios é uma tradição na sua família.

“Aprendi a montar presépio com minha mãe, Tereza Maria, que por sua vez aprendeu com minha avó, Etelvina. Até hoje todas as minhas irmãs ainda montam presépios em suas casas, assim como eu faço todo ano”, lembra Soynaara. 

Vivência

Ela diz que o presépio que vai montar tem alguns elementos da sua vivência da roça, como galinha, cachorro, lago com gansos, além de algumas lembranças da infância que contam a trajetória, a anunciação e o nascimento de Jesus na manjedoura.

Soynaara vai usar algumas peças suas e outras do museu, mas destaca que o especial é que elas se comuniquem entre si para contar a história de fé e vida ao logo dos anos. “Pretendo contar a trajetória do sim de Maria até o nascimento de Jesus”, enfatiza.

Abertura

O presépio do museu será aberto no dia 7 de dezembro, com a presença de cinco Folias de Reis de São José dos Campos. No mesmo dia, o museu estará comemorando 28 anos de criação e ganhará uma placa com seu novo nome: Museu do Folclore Angela Savastano.

A homenagem é decorrência do Decreto Municipal 20.014/2025, de 22 de agosto, em homenagem à Angela Savastano, idealizadora e uma das criadoras do Museu do Folclore, falecida em agosto deste ano.

Gestão

O Museu do Folclore é um espaço da Fundação Cultural Cassiano Ricardo que funciona no Parque da Cidade desde 1997. Sua gestão é feita pelo CECP (Centro de Estudos da Cultura Popular), organização da sociedade civil sem fins lucrativos.

 

  • Museu do Folclore Angela Savastano
  • Av. Olivo Gomes, 100 – Santana (Parque da Cidade)
  • (12) 3924-7318 ou (12) 3924-7354
  • www.museudofolclore.org

segunda-feira, 10 de novembro de 2025

Museu do Folclore abre uma nova exposição temporária com trabalhos da Roda de Fazeres

São quase 70 fios de contas fazendo parte da exposição
Foto: Ricardo Savastano

O Museu do Folclore Angela Savastano tem uma nova exposição temporária denominada Fazeres Ancestrais: Adinkras e Fios de Contas. A mostra foi aberta no último dia 6 e reúne 37 bordados inspirados na escrita Adinkra e quase 70 fios de contas que referenciam as religiosidades de matrizes afro-brasileiras.

Todos os trabalhos foram produzidos por frequentadores da Roda de Fazeres (atividade semanal do museu), que desde 2024 têm se dedicado à pesquisa e à criação deste material. A mostra pode ser visitada de terça a sexta, das 9h às 12h e das 14h às 16h30, no corredor de acesso à Biblioteca Maria Amália Corrêa Giffoni.

“As peças demonstram como a iconografia afro-brasileira é composta pela união de símbolos de diferentes origens étnicas africanas e representações, frutos da diversidade brasileira”, enfatiza a pesquisadora Maira Domingues (foto ao lado), do Museu do Folclore.

Escrita gráfica

O Adinkra  constitui um sistema de escrita gráfica cuja origem remonta ao grupo linguístico Akan, da região de Gana e Costa do Marfim (África Ocidental), especificamente ao Império Ashanti. A pesquisa e a prática da escrita Adinkra revelam uma das mais complexas e refinadas expressões gráficas da África Ocidental.

Foi o visionário trabalho do intelectual, artista e ativista brasileiro Abdias Nascimento que restabeleceu o Adinkra enquanto legado vivo. Por meio de suas pinturas, da sua atuação no Teatro Experimental do Negro e no Museu de Arte Negra, Abdias inscreveu esses grafismos no panorama artístico nacional.

Criação e memória

A Roda de Fazeres é mais do que um espaço de aprendizado manual: é um território de criação e memória, de convivência e troca de saberes, onde a arte popular se manifesta no fazer junto. Nela, o tempo desacelera para permitir o diálogo entre gerações, origens e histórias.

Ao longo de dois anos, já participaram da atividade mais de 100 pessoas. Atualmente, o grupo conta com 10 integrantes ativos. Os encontros ocorrem às quintas, das 14h às 16h, e não é necessário se inscrever.

Gestão

O Museu do Folclore é um espaço da Fundação Cultural Cassiano Ricardo que funciona no Parque da Cidade desde 1997. Sua gestão é feita pelo CECP (Centro de Estudos da Cultura Popular), organização da sociedade civil sem fins lucrativos.

 

  • Museu do Folclore Angela Savastano
  • Av. Olivo Gomes, 100 – Santana (Parque da Cidade)
  • (12) 3924-7318 ou (12) 3924-7354
  • www.museudofolclore.org