terça-feira, 9 de setembro de 2025

Museu do Folclore lança o 31º volume da Coleção Cadernos de Folclore na Flim 2025

Carla Natureza entre exemplares do seu primeiro livro
Fotos: Silvia Maria Souza

“É incrível poder publicar este primeiro livro por meio de um projeto tão especial do Museu do Folclore. Eu vivo para a Capoeira e desde pequena vivencio esta manifestação da cultura popular. Para mim é muito importante ter esta publicação, pois significa um reconhecimento à esta expressão cultural”.

A declaração é da paulistana Carla Alves de Carvalho, 43 anos, a Carla Natureza, como é conhecida no meio da Capoeira, sobre o seu primeiro livro – Vozes do Sertão: A poética nas ladainhas da Capoeira Angola. 

O livro será lançado no próximo dia 20, às 17h, durante a 11ª edição da Flim (Festa Literomusical de São José dos Campos).

A obra é o 31º volume da Coleção Cadernos de Folclore, projeto do Museu do Folclore de São José dos Campos que visa informar e divulgar pesquisas relacionadas ao folclore e à cultura popular.

 As publicações são viabilizadas anualmente pelo CECP (Centro de Estudos da Cultura Popular) e Fundação Cultural Cassiano Ricardo. 

O livro impresso será distribuído gratuitamente durante o lançamento e também estará disponível para retirada na Biblioteca Maria Amália Corrêa Giffoni, do Museu do Folclore. A coleção toda pode ser acessada digitalmente pelo site do museu

Conteúdo

Carla Natureza canta uma das ladainhas do livro
Vídeo: Ana Rizada

O 31º volume destaca a prática da Capoeira Angola em São José e contém versos específicos que são as
ladainhas, transmitidas pela oralidade. “É um livro enriquecedor para a Capoeira, não só para os capoeiristas, mas para todos que gostam e apreciam a nossa história e a cultura popular”, enfatiza Carla Natureza.

A obra escrita por Carla foi baseada na sua pesquisa de mestrado – Versos, veredas e vadiação: uma viagem no mundo da capoeira –, onde abordou as ladainhas da Capoeira como expressão poética e social da oralidade viva. “Busquei abordar a voz que ecoa em roda e que se expressa por meio de versos”, esclarece.

Trajetória

“Embora eu tenha nascido na capoeiragem, foi só na década de 2000 que conheci a Capoeira Angola numa festa de 7 de setembro, quando entrei para a faculdade na Unesp (Universidade Estadual de São Paulo) de Assis, onde me formei em Letras e obtive o mestrado em Literatura e Vida Social", disse Carla.

Carla (Foto: Paula Campoy) é Contramestra de Capoeira Angola formada pelo Mestre Claudio Costa, fundador da Escola Angoleiros do Sertão, em Feira de Santana (BA). O grupo se ramificou em diversos núcleos pelo Brasil e pelo mundo.

“Desenvolvo meu trabalho com Capoeira desde 2014. O núcleo que lidero atua de maneira marcante no município, com rodas mensais na rua, treinos semanais, encontros anuais, projetos sociais, além de apresentações artísticas e culturais”, explica Carla Natureza.

Festa

A Flim (Festa Literomusical de São José dos Campos) acontece nos dias 19, 20 e 21 de setembro no Parque Vicentina Aranha, com realização da AFAC (Associação para o Fomento da Arte e da Cultura), Fundação Cultural Cassiano Ricardo e Prefeitura Municipal de São José dos Campos.

Gestão

O Museu do Folclore é um espaço da Fundação Cultural Cassiano Ricardo, que funciona desde 1997 no Parque da Cidade. Sua gestão é feita pelo CECP (Centro de Estudos da Cultura Popular), organização da sociedade civil sem fins lucrativos.

 

  • Museu do Folclore de SJC
  • Av. Olivo Gomes, 100 – Santana (Parque da Cidade)
  • (12) 3924-7318 e (12) 3924-7354
  • www.museudofolclore.org

quarta-feira, 3 de setembro de 2025

Museu do Folclore realiza Mostra Rios nos dias 6 e 13 de setembro, com a exibição de 2 filmes

A atriz Diana Mattos faz o papel de 
Betânia no filme com mesmo nome
Fotos: Fábio Larozza

O Museu do Folclore de São José dos Campos realiza, nos dias 6 e 13 deste mês, a Mostra Rios, com a exibição gratuita de dois filmes de longa duração que serviram de referência para a definição do tema (Paraíba do Sul: Caminhos do rio, vozes do vale) e da programação do Mês do Folclore deste ano.

O primeiro filme a ser exibido será Betânia, dia 6, às 17h, no Museu Municipal de São José dos Campos, com direção de Marcelo Botta. O segundo, O rio do meu quintal, dirigido pelo diretor Daniel Felipe Paiva, será exibido no Museu do Folclore, dia 13, às 15h. Não há necessidade de reserva ou retirada de ingressos.

Sinopses

Betânia retrata a história de uma mulher de 65 anos, matriarca de uma grande família que trabalha como parteira. Após a morte do marido, suas filhas a convencem a voltar para a aldeia onde nasceu e onde o resto da família ainda vive, na orla das dunas do Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses.

Movida pelo som ancestral do Bumba Meu Boi e pela força da comunidade, Betânia tenta reconstruir sua vida e renascer, deixando para trás uma vida simples e agrária, encontrando uma sensação de pertencimento nesse lugar marcado pela mistura da modernidade e da tradição.

Em meio a esta nova realidade, a mulher encara os desafios e os confortos de uma existência com internet e energia elétrica, uma mudança que também a coloca no caminho de uma transformação pessoal.

Ficha Técnica

Direção: Marcelo Botta. Elenco: Diana Mattos (Betânia), Tião Carvalho, Caçula Rodrigues, Nádia D’Cássia, Michelle Cabral, Ulysses Azevedo, Vitão Santiago, Enme Paixão e Rosa Ewerton Jara. Roteiro: Marcelo Botta. Duração: 2h03. Gênero: Drama. Acessibilidade: Audiodescrição, Legenda descritiva e Libras. Classificação: 12 anos.

O Rio do Meu Quintal é um documentário sobre a relação da população local com o Rio Paraíba do Sul. Histórias de vida da população ribeirinha, lendas, causos e esforços para a conservação ambiental na região são contadas a partir da cidade de Jacareí (SP).

Em tom poético-reflexivo, o filme revela, por meio de imagens históricas e da fala de moradores e ambientalistas, os contrastes de gerações que lutam pela preservação de um dos principais rios do Brasil.

Ficha Técnica

Direção: Daniel Felipe Paiva. Produção: Moeté Filmes. Pesquisa e Roteiro: Érico Pagotto e Daniel Felipe Paiva. Direção e Produção Executiva: Daniel Felipe Paiva. Direção de Fotografia: Glaucia Faria. Acessibilidade: Audiodescrição, Legenda descritiva e Libras.

Gestão

O Museu do Folclore é um espaço da Fundação Cultural Cassiano Ricardo, que funciona desde 1997 no Parque da Cidade. Sua gestão é feita pelo CECP (Centro de Estudos da Cultura Popular), organização da sociedade civil sem fins lucrativos.

 

  • Museu do Folclore de SJC
  • Av. Olivo Gomes, 100 – Santana (Parque da Cidade)
  • (12) 3924-7318 e (12) 3924-7354
  • www.museudofolclore.org

terça-feira, 2 de setembro de 2025

Mês do Folclore termina com bom público e tema deste ano ganha elogios de professores

Alunos da EMEI Cassiano Ricardo são recepcionados
Foto: Silvia Maria Souza

O Museu do Folclore de São José dos Campos encerrou no dia 29 de agosto mais uma programação especial do Mês do Folclore, reunindo um total de 3.191 pessoas (entre crianças, adultos e idosos) em 12 dias de atividades (de 12 a 29). O tema deste ano foi Paraíba do Sul: Caminhos do rio, vozes do vale.

Ao final, a programação contou com a participação de 18 escolas (públicas e privadas), 3 entidades – Casa do Idoso (Prefeitura), Integra (Centro de Referência da Pessoa com Deficiência) e APAR (Associação de Pais e Amigos de Adolescentes em Risco) e 1 fundação (Fundhas – Fundação Hélio Augusto de Souza).

Professores que acompanharam as atividades elogiaram a programação, o tema escolhido, a presença de representantes da cultura popular e o trabalho dos monitores; confirmando o objetivo do Museu do Folclore em oferecer aos participantes uma verdadeira vivência sobre manifestação popular.

Tradição

“Nossa participação já se tornou uma tradição no calendário pedagógico da escola e faz parte do que entendemos como currículo vivo, que se constrói no contato direto com o patrimônio cultural da cidade”, afirmou a diretora da EMEI Cassiano Ricardo, Ana Carolina da Silva Rocha.

Esta foi a terceira vez consecutiva que a escola se integrou às atividades. “Com o tema deste ano, sobre o Rio Paraíba do Sul, as crianças puderam vivenciar de maneira interativa o quanto o rio está ligado à nossa história e ao nosso cotidiano. Foi uma verdadeira imersão cultural”, destacou Ana Carolina.

“O Museu do Folclore consegue transformar conhecimento em experiência. As crianças não apenas ouvem ou observam: elas participam, tocam, experimentam e interpretam. Isso dá um sentido concreto ao aprendizado e amplia o repertório cultural desde cedo”, enfatizou Ana Carolina.

Imersão

Para a coordenadora pedagógica do Colégio Univap Villa Branca, de Jacareí, Mariana Nogueira, “as estações estavam bem lúdicas, interativas e criativas, levando nossos alunos a entender a importância da preservação do rio e da história, valorizando a cultura regional”.

“As crianças tiveram uma experiência significativa e conheceram um pouco sobre a importância do Rio Paraíba. Parabéns à equipe do Museu do Folclore, por transformar vivências em aprendizado”, enfatizou a coordenadora da Escola de Educação Infantil Turminha do Piu Piu, Maria Aparecida Carvalho.

Relevante

A professora de acompanhamento pedagógico da Fundhas Putim, Marta Borja Dantas Carneiro, enfatizou a escolha do tema sobre o Rio Paraíba do Sul e teceu muitos elogios à mediação e orientação dos monitores. “O tema foi muito relevante para nossas crianças e adolescentes”, destacou.

Marta Borja ressaltou que foi possível perceber que tudo foi feito com muito carinho e muito cuidado. “A vivência e apresentação do músico Nilton Blau, o som da água do rio na tenda, as orientações da equipe do Ecomuseu e a recepção, fazendo com que todos cantassem e dançassem”.

Gestão

O Museu do Folclore é um espaço da Fundação Cultural Cassiano Ricardo, que funciona desde 1997 no Parque da Cidade. Sua gestão é feita pelo CECP (Centro de Estudos da Cultura Popular), organização da sociedade civil sem fins lucrativos.

 

  • Museu do Folclore de SJC
  • Av. Olivo Gomes, 100 – Santana (Parque da Cidade)
  • (12) 3924-7318 e (12) 3924-7354
  • www.museudofolclore.org