segunda-feira, 1 de dezembro de 2025

Museu do Folclore abre o presépio, comemora seus 28 anos e homenageia Angela Savastano

Angela Savastano durante abertura do presépio no ano passado
Foto: Vitória Caroline

O dia 7 de dezembro de 2025 será uma data especial para o folclore joseense e, em particular, para familiares da folclorista Angela Savastano. Neste dia, o Museu do Folclore passará a ser identificado como Museu do Folclore Angela Savastano e ganhará uma placa em sua homenagem na fachada do prédio.

A cerimônia de descerramento da placa acontecerá a partir das 14h, na presença de autoridades, familiares da folclorista e comunidade, coincidindo com as comemorações dos 28 anos do Museu do Folclore e abertura do seu tradicional presépio de Natal.

O novo nome do museu é decorrência do Decreto Municipal 20.014/2025, da Prefeitura de São José, que passou a vigorar em 22 de agosto. Angela Savastano faleceu no dia 5 de agosto deste ano, aos 93 anos de idade, tendo sido referência na idealização do Museu do Folclore.

Perfil

Angela Savastano nasceu em Campo Grande (RJ) e mudou-se com a família para São José dos Campos em 1945. Casou-se com o médico Rubens Savastano, com quem teve sete filhos.

Frequentou a Escola de Belas Artes em São José, onde também se formou em Ciências Sociais. Concluiu, posteriormente, em São Paulo, uma especialização em Folclore, área que a tornou bastante conhecida como folclorista.

A partir de 1986 passou a fazer parte da Comissão Municipal de Folclore, da Fundação Cultural Cassiano Ricardo, e em 1987 sugeriu a criação do Museu do Folclore, que foi instituído oficialmente em 1997, quando ganhou uma sede no Parque da Cidade.

Ainda em 1988, Angela Savastano foi protagonista na criação do CECP (Centro de Estudos da Cultura Popular), organização da sociedade civil sem fins lucrativos que passou a fazer a gestão do Museu do Folclore, e da qual ela foi presidente e vice-presidente.

Presépio

A abertura do presépio marcará o início do Ciclo de Natal no Museu do Folclore e terá a presença de cinco Folias de Reis de São José: Cia de Reis Esplendor do Oriente, Cia. dos Três Reis Estrela do Oriente, Folia de Reis Bom Jesus do Buquirinha, Folia de Reis de Santana e Folia de Reis do Mestre Zé Mira.

O presépio, este ano, será montado pela Contramestre da Folia de Reis do Mestre Zé Mira, Soynaara Maria Faria Araújo Pires de Morais, 58 anos. Natural de Arapeí, distrito de Bananal, Soyanara é artesã e instrumentista. Seu pai, José Luis Araújo, também era artesão e fazia mastros e bandeiras dos santos de devoção e bonecões para o Carnaval.

Gestão

O Museu do Folclore é um espaço da Fundação Cultural Cassiano Ricardo que funciona no Parque da Cidade desde 1997. Sua gestão é feita pelo CECP (Centro de Estudos da Cultura Popular), organização da sociedade civil sem fins lucrativos.

 

  • Museu do Folclore Angela Savastano
  • Av. Olivo Gomes, 100 – Santana (Parque da Cidade)
  • (12) 3924-7318 ou (12) 3924-7354
  • www.museudofolclore.org

 

quinta-feira, 27 de novembro de 2025

Último Museu Vivo do ano terá vivências com tambores artesanais e cuscuz de frango

Orokzala em plena produção dos tambores artesanais

O Museu do Folclore Angela Savastano realiza, neste domingo (30), o último Museu Vivo do ano, com a participação de dois representantes da cultura popular regional nas áreas do artesanato, culinária e música. Eles compartilharão seus saberes e fazeres numa vivência aberta ao público, a partir das 14h.

Para o artesanato e a música (construção, toques e ritmos de tambores artesanais), o encontro contará com a presença do campineiro Marco Antonio da Cosa, 55 anos, mais conhecido como Tata Orokzala. Morador de Monteiro Lobato há mais de 12 anos, Orokzala já participou de outras edições do Museu Vivo.

Além de luthier, músico e artesão, Orokzala também é Alabê no Candomblé, Mestre de Capoeira e fundador do grupo Abassá de Angola. É descendente direto de Mestre Lumumba, grande referência da cultura negra no Vale do Paraíba e no Brasil.

Orokzala é um importante guardião dos saberes afro-brasileiros na região e integrante de uma linhagem de fazedores de tambores oni ilu, como é chamada em sua tradição. Ele dá continuidade a um legado que atravessa gerações e mantém viva a força da memória e do axé.

Cuscuz de Frango

Para a culinária, o Museu Vivo terá a presença de outra fazedora conhecida de edições passadas, a mineira Sofia de Faria Ramos, 78 anos, que fará um cuscuz de frango. Sobre seus saberes culinários, Dona Sofia conta que aprendeu a cozinhar com a mãe e avós. “Elas cozinhavam muito bem e aprendi a fazer muitas coisas na cozinha”, lembra.

Em participações anteriores, Dona Sofia fez paçoca, doce de leite e outras receitas. “Hoje ninguém quer ter trabalho de fazer certas coisas, principalmente na cozinha. Além de cozinhar, também aprendi a costurar e bordar com a minha mãe”, diz ela.

Em Candelária sua família fazia quase tudo em casa. “Para fazer paçoca a gente usava pilão para socar o amendoim, que era plantado e processado na nossa terra”. Sua história, saberes e fazeres também estão contados nos volumes 23º e 30º da Coleção Cadernos de Folclore.

Gestão

O Museu do Folclore Angela Savastano é um espaço da Fundação Cultural Cassiano Ricardo que funciona desde 1997 no Parque da Cidade, região norte. Sua gestão é feita pelo CECP (Centro de Estudos da Cultura Popular), organização da sociedade civil sem fins lucrativos.

 

  • Museu do Folclore Angela Savastano
  • Av. Olivo Gomes, 100 – Santana (Parque da Cidade)
  • (12) 3924-7318 e (12) 3924-7354
  • www.museudofolclore.org 

terça-feira, 18 de novembro de 2025

Museu do Folclore realiza a última edição do ano do programa Terças com Museologia

Detalhe da Sala Religiosidade na exposição do Museu do Folclore
Foto: Adenir Britto (arquivo)

A última edição do ano do programa Terças com Museologia, agendada para o dia 25 de novembro, das 9h30 às 11h, abordará o tema Pequenas memórias: o cotidiano como patrimônio. O encontro será virtual com transmissão pelo Google Meet. As inscrições já podem ser feitas pela plataforma Sympla, neste link.

O programa é uma realização do Museu do Folclore Angela Savastano e ocorre toda última terça-feira do mês, sob coordenação da museóloga Mariana Boujadi. A participação é gratuita e aberta a pesquisadores, professores, educadores e interessados em assuntos relacionados à museologia.

“A intenção é encerrar o ciclo refletindo sobre o valor dos objetos simples que fazem parte da nossa vida diária, aquelas coisas que habitam nossas casas e que, de alguma forma, guardam pedaços da nossa história”, explica Mariana.

Memórias cheias de significado

Segundo ela, mais do que bens materiais, estes objetos carregam lembranças, afetos e tradições individuais que ajudam a formar quem somos. “São memórias pequenas, mas cheias de significado, que revelam modos de viver, de sentir e de lembrar”, ressalta a museóloga.

A proposta do tema desta edição é olhar para o cotidiano como um espaço de construção de patrimônio, entendendo que cada pessoa é, de algum modo, guardiã de um acervo próprio.

“Ao valorizar estas pequenas memórias, quero aproximar a museologia da vida comum e mostrar que o patrimônio também está nas coisas simples que nos acompanham, nas lembranças que escolhemos guardar e nas histórias que compartilhamos”, finaliza Mariana.

Gravações

A edição deste mês será a 8º do ano e a 25º em três anos de programação. Devido a outras atividades, em alguns meses do ano o encontro não pôde ser realizado, mas todas as transmissões foram gravadas e estão à disposição no canal do Museu do Folclore no YouTube.

O Museu do Folclore Angela Savastano é um espaço da Fundação Cultural Cassiano Ricardo e está instalado no Parque da Cidade desde 1997. Sua gestão é feita pelo CECP (Centro de Estudos da Cultura Popular), organização da sociedade civil sem fins lucrativos.

 

  • Museu do Folclore Angela Savastano
  • Av. Olivo Gomes, 100 – Santana (Parque da Cidade)
  • (12) 3924-7318 ou (12) 3924-7354
  • www.museudofolclore.org