quarta-feira, 31 de março de 2021

Exposição virtual 'Do Lixo ao Luxo', da artista Rejane Aleixo, tem apoio do Centro de Estudos

Algumas das peças produzidas por Rejane Aleixo
Foto:
Paulo Amaral
O público que visitou o Museu do Folclore de São José dos Campos, de março a junho de 2019, pode ver, pela primeira vez, numa exposição temporária (‘Arte e Criatividade Popular’), o trabalho artesanal da pernambucana Rejane Aleixo, 48 anos. Usando material reciclável, como lacres de latinhas de metal e CDs, mais agulha e linha de crochê, Rejane cria vestidos, bolsas, tapetes e muitas outras peças.

Pouco mais de dois anos depois, Rejane volta a mostrar o seu trabalho, agora, de forma virtual, na exposição ‘Do Lixo ao Luxo’, que reúne 30 peças produzidas pela artista e fotografadas pelo fotógrafo Paulo Amaral, que também foi responsável pela montagem do site onde ela está hospedada. Onde também estão disponíveis três oficinas ministradas por Rejane.

A exposição virtual surgiu como alternativa à impossibilidade dela continuar sendo presencial, em razão da pandemia da covid-19, que provocou o fechamento dos espaços públicos em março do ano passado. Antes disso, a mostra já havia sido montada no Parque Vicentina Aranha e em algumas escolas públicas, com previsão de poder ser vista também no Museu Municipal de São José. 

 

Proposta pela produtora cultural Juliana Mara Lima, a exposição tem curadoria de Mariana Mar e direção executiva de Manoela Mourão. As peças podem ser vistas pelo site www.dolixoaoluxo.artenovale.com.br.

 

A mostra foi viabilizada pelo Fundo Municipal de Cultura, sob gestão da Fundação Cultural Cassiano Ricardo, e tem apoio do CECP (Centro de Estudos da Cultura Popular), do Ecomuseu dos Campos de São José, da AFAC (Associação para o Fomento da Arte e da Cultura) e da Arquitetura e Design.

 

Perfil

Rejane já desenvolve o trabalho há três anos 
 Foto: Paulo Amaral
Desde menina, Rejane Aleixo foi muito curiosa e observadora, sempre de olho na mãe e nas tias que faziam crochê. Não demorou muito, o conhecimento, adquirido naturalmente, se transformou em sabedoria e ela não parou mais. Hoje, suas mãos fazem coisas surpreendentes. Rejane mora no bairro Campos de São José, na região leste, com seus pais e sua filha.

Rejane já desenvolve este trabalho há três anos. Ela conta que a peça onde mais usou material foi em um vestido branco, que consumiu 3 mil lacres de latinhas e já chegou a ser avaliado em R$ 3 mil. “Demorei quase três meses para concluí-lo, pois sempre faltava material e como eu compro os lacres de catadores de lixo reciclável, nem sempre tinha a quantidade toda em casa”, afirma Rejane.

Sem fins lucrativos

O CECP é uma organização da sociedade civil sem fins lucrativos, com sede em São José dos Campos, que atua na área da cultura popular desde 1999. A instituição é responsável pela gestão do Museu do Folclore, pela criação e coordenação do Ecomuseu dos Campos de São José, e realização de pesquisa sobre o Samba de Bumbo (ou Samba Rural Paulista) no Estado de São Paulo. 

www.dolixoaoluxo.artenovale.com.br