Bandeirinhas são uma das tradições das festas juninas |
Aproveitando a época das festas juninas,
o Museu do Folclore de São José dos Campos compartilha com o público, neste
domingo (16), algumas tradições desta manifestação popular, como fazer
bandeirinhas coloridas e maçã de amor, além de ouvir e dançar uma boa música
caipira. A atividade é gratuita e acontece no lado externo do museu, das 14h às
17h, no Parque da Cidade.
Jacira quando esteve no Museu Vivo em 2016 |
A baiana Jacira Leonor, que hoje é
costureira e já foi professora, é quem vai fazer a maçã do amor. Uma sabedoria
que ela aprendeu vendo outra pessoa fazer, na festa junina da escola onde seu
filho estudava. “Eu resolvi ajudar na festa e acabei aprendendo a fazer só de
olhar, pois a pessoa não ensinava. Depois eu fiz na minha casa e deu muito
certo”, conta ela.
A culinária
entrou na sua vida quando ainda era pequena, sempre ajudando os pais. “É mania
de baiana”, como diz. Principalmente os pratos típicos de sua terra, que gosta
muito. Sabe fazer acarajé, vatapá, caruru, moqueca de peixe, arroz e feijão de lá,
abará, bolinho de estudante; e a lista se estende até não acabar mais. “Sou
muito curiosa na cozinha”.
Bandeirinhas
Fábio Camargo já foi metalúrgico |
O joseense Fábio Camargo já trabalhou
como metalúrgico, mas foi na cultura que ele se realizou profissionalmente.
Hoje, ele atua como educador, ator e músico (é integrante do grupo Seresteiros
do Vale). Em festas juninas, das quais participa desde criança, ele puxa a
quadrilha e faz bandeirinhas, entre outras coisas. “Eu sempre acompanhei minha
mãe e meus irmãos às festas juninas do bairro onde morávamos”, lembra ele.
No ‘Museu Vivo’ deste domingo, Fábio vai
compartilhar alguns destes saberes que adquiriu ao longo da sua vida, em
particular o de fazer bandeirinhas. “A intenção é que o público também coloque
a ‘mão na massa’ e ajude a enfeitar e ‘colorir’ a área externa do Museu do
Folclore”, enfatiza Fábio.
Músicas
juninas
Trio Terra Bruta: acordeon, violão e contrabaixo |
“Nasci no meio de 13 irmãos e um dia meu
pai comprou um acordeon e disse: “quem aprender a tocar primeiro fica com ele”.
Foi assim que Dalvito começou sua carreira musical. Já Zé do Bico explica que a
música entrou na sua vida só de observar as pessoas tocando. “A música não tem
fim, cada dia se aprende um pouco mais”, afirma o músico.
José Carlos nasceu
e cresceu na roça, com seu pai e irmãos, mas só ele partiu para o lado da
música. “Meu pai só toca boi”, brinca. Ele conta que sempre gostou de música e
começou observando pessoas que admirava e aprendendo a tocar aos poucos,
incentivado por Dalvito e Zé do Bico. “Depois que peguei o jeito, preferi um
instrumento diferente. Hoje toco contrabaixo”.
Programa e gestão
O programa Museu Vivo é realizado
semanalmente pelo Museu do Folclore, sempre aos domingos à tarde. A atividade
reúne representantes da cultura popular regional nas áreas de artesanato,
culinária e música. O Museu do Folclore foi criado pela Fundação Cultural
Cassiano Ricardo em 1987 e, atualmente, é gerido pelo Centro de Estudos da
Cultura Popular (CECP), organização da sociedade civil sem fins lucrativos.
Museu
do Folclore de SJC
Av. Olivo Gomes, 100 – Parque da Cidade
– Santana
(12) 3924-7318 – www.museudofolclore.org