Hoje (26), aos 88 anos, seu Zé saiu para mais uma caminhada, desta vez para não mais voltar. O som da sua viola e das músicas que cantava, algumas de sua autoria, agora, só poderão ser ouvidas nas muitas gravações que fez ao longo da vida. Uma vida de muita sabedoria, que ele nunca se negou a compartilhar.
Zé da Viola foi um importante representante da cultura popular local e ajudou a fortalecer o patrimônio imaterial da região do Vale do Paraíba. Participou dos principais momentos que marcaram essa cultura regional, tanto pela Fundação Cultural Cassiano Ricardo, onde também era monitor de viola, como no Museu do Folclore de São José dos Campos.
Zé da Viola cresceu vendo e ouvindo a cantoria de grupos de Folias de Reis, Catiras e Danças de São Gonçalo, grupos dos quais seu pai, que era pescador, sempre participou. Autodidata, aos 8 anos já tocava viola e aos 14 formou dupla com o irmão Edgar. Em 2014, ele concedeu uma gostosa entrevista ao pesquisador Chico Abelha.
A Folia de Reis Estrela de Belém, onde Zé da Viola era o mestre, foi criada em 1970. Ela é uma das 12 Folias de Reis que foram fotografadas pelo fotógrafo Paulo Amaral e fazem parte na exposição virtual do Museu do Folclore, ‘A Estrela que move o Vale’.
Museu do Folclore de SJC
Av. Olivo Gomes, 100 – Santana
(Parque da Cidade)
(12) 3924-7318 – www.museudofolclore.org